domingo, 21 de setembro de 2014

"Operária da última hora" - meu testemunho com o evangelho deste domingo

O evangelho deste domingo (21), tem muito a ver com o meu testemunho de conversão, e eu o relato nas páginas 86 e 87, de meu primeiro livro "A filha da fé". Aliás, se você não tem o seu ainda, para adquirir, é só acessar: www.gioli.com.br.

Confira parte de meu testemunho com o evangelho de hoje: "Os operários da última hora":

Aprendi desde pequena que honestidade não é virtude. Deve fazer parte de nosso caráter e sempre tive também um grande senso de justiça. Apesar de não conhecer a Bíblia, várias passagens faziam eco no meu interior.
A Gioli era uma empresa com 45 funcionários. Sempre fiz questão de pagar excelentes salários. Eu ganhava bem e gostava de compartilhar isso com minha equipe. Queria que todos tivessem acesso às mesmas coisas que eu: uma boa casa, carro, dinheiro para o lazer etc.
Quando eu viajava para a Europa, na época da compra de coleções, sempre levava uma de minhas funcionárias, para que tivesse a oportunidade de conhecer outras culturas e ampliar seus conhecimentos de moda e poder falar com a seleta clientela da Gioli com mais segurança e propriedade.
Todas as vezes que alguém comentava que tinha comprado, construído ou reformado sua casa eu tinha uma satisfação enorme e a sensação de missão cumprida. 87
Eu trabalhava muito. Exaustivamente. E exigia isso também da minha equipe. Meus valores eram outros. Eram os valores do mundo!
Naquela época, eu não pensava que talvez uma de minhas vendedoras preferisse ganhar menos e poder desfrutar mais da sua família. Isso não passava pela minha cabeça. E ninguém ousava me dizer uma coisa dessas.
De repente, estava eu, numa manhã tranquila, lendo a Palavra de Deus, e eis que surge diante dos meus olhos Mateus 20,1-16:
O reino dos céus é, na verdade, comparável a um proprietário que saiu de manhã bem cedo para contratar trabalhadores para sua vinha. Depois que combinou a quantia de uma diária com os trabalhadores, ele os mandou para sua vinha. Saindo por volta das nove, viu
outros, que estavam na praça desocupados. Falou-lhes:“Ide também vós para minha vinha, e vos darei o que for justo”. E eles foram. Saiu ainda por volta das doze e das três da tarde, e fez a mesma coisa. Ao sair por volta das cinco da tarde, encontrou ainda outros que lá estavam, e lhes disse: “Por que ficais aqui o dia inteiro sem trabalhar?”. Responderam-lhe: “Porque ninguém nos contratou!”. Ele lhes disse: “Ide também vós para a minha vinha”.
Quando chegou a tarde, o proprietário da vinha disse ao seu administrador: “Chama os trabalhadores e paga-lhes a quantia combinada para a diária, começando dos últimos e acabando nos primeiros”. Então chegaram os que tinham ido pelas cinco, e recebeu cada qual a quantia de uma diária inteira. Quando chegaram os primeiros, eles pensaram que iam receber mais. No entanto, também receberam só a quantia combinada.
Recebendo-a, criticavam o proprietário. E diziam: “Estes últimos só trabalharam uma hora, e os igualaste a nós que suportamos o cansaço de um dia inteiro de trabalho debaixo de um sol quente”. Mas o proprietário disse a um deles: “Meu amigo, não te faço injustiça. Não é verdade que combinaste comigo receber só a quantia de uma diária? Toma a tua quantia e vai embora.
Mas quero dar a este último tanto quanto a ti. Acaso não posso fazer o que quero com as minhas coisas? Ou estás com inveja, porque eu fui bom para com eles?”“. Assim os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos.
Assustei-me ao ler esse Evangelho! De repente, vi todo o meu senso de justiça virar de cabeça para baixo.

Eu me senti o operário da última hora!

O Senhor me mostrou, por meio da minha própria vida, que, apesar de ter-me convertido com mais de quarenta anos, eu tenho meu lugar ao seu lado, como se fosse uma pessoa nascida e criada num lar cristão! Se dependesse do meu senso de justiça, eu, humildemente, ficaria com uma décima parte do céu! Senti-me péssima, pois vi de um só golpe como estava equivocada no tocante a várias posturas profissionais até então tidas por mim como coerentes. De fato, eram coerentes, mas com a mulher velha, não com a mulher nova, que pedia diariamente ao Espírito Santo que a iluminasse e indicasse qual caminho tomar.  
Como Deus é misericordioso. Com que delicadeza ele nos repreende, pois sabe que muitas vezes estamos cheios de boas intenções, porém intenções humanas são falhas.
O que mais me encanta nessa cura interior que o Senhor realiza pela sua Palavra é que, a partir do momento que tudo fica claro, é como se um véu fosse retirado de nossos olhos e um peso, de nosso coração.

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