Quando peço para meus pacientes na primeira consulta preencher aquele recordatório de tudo que comem durante uma semana seguida (aquele mesmo formulário que disponibilizei no final do livro TUDO POSSO, MAS NEM TUDO ME CONVEM), o que mais encontro são pessoas “pulando” a primeira refeição do dia com as mais variadas desculpas.
A maioria prefere dormir mais um pouco ao invés de fazer a que eu
considero uma das mais importantes refeições, pois ela SINALIZA para seu
cérebro como será seu dia de fornecimento de energia. Lembre-se que nosso
código genético (DNA) não mudou muito desde a época do homem paleolítico (2,5
milhões a.C.) e os mesmos mecanismos que fizeram aquele homem sobreviver para
estarmos aqui hoje, permanecem em nós. Isto é uma proteção para a eventualidade
de precisarmos sobreviver a uma catástrofe por exemplo.
Naquela época encontrar alimento era uma tarefa difícil e demandava um
gasto energético imenso. Como a escasses de comida era muito frequente, temos
um ”sistema de segurança” que sinaliza para nosso cérebro que nessas ocasiões
ao invés de queimar gordura, precisamos “poupá-la”, pois ela é material-prima
indispensável para nossa sobrevivência. Você não constrói uma única célula, não
sintetiza hormônios sem gordura! Quando você acorda e não come nada, seu
cérebro entende que você esta sem disponibilidade de alimento para aquele dia.
O ideal é, além de fazer essa primeira refeição matinal, comer um pouco
de cada grupo alimentar : carboidrato, gordura e proteína. Repare que quase
todos os alimentos tem os três grupos ao mesmo tempo, mas em proporções
diferentes. A sugestão do que considero um café da manhã adequado esta no
quadro abaixo:
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Um copo americano de
suco de couve- para aprender a fazer,
clique aqui
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Uma tapioca ou cuscuz de milho ou um
pedaço pequeno de raiz cozida (mandioca, batata-doce, cará, inhame, etc.) com 1
colher de sobremesa de azeite de oliva extra-virgem primeira prensa a frio ou
de oleo de coco;
- A fonte de proteína: ovo mexido é sempre muito bem
vindo, mas pode ser um patê de grão de bico para sua tapioca, uma sardinha no
seu cuscus, uma fatia de rosbife, enfim, dependerá do paladar e hábitos
familiares do paciente;
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Uma bebida quente:
chás claros (erva doce, camomila, capim cidreira, etc.) ou café preto. Mas sem
acúcar claro! Aliás, você já fez o meu desafio dos 14 dias para retirada de
açúcar ?
Quando você pula essa refeição, seu cérebro entende
que seu dia vai ser de escassez de alimento e… POUPA GORDURA !
De vez em quando eu tomo café sem açúcar. Mas, ainda não consegui retirá-lo da minha alimentação (digo, o açúcar refinado). Já troquei o arroz branco pelo integral, e diversifiquei a comida que levo para o trabalho. Levo aipim, batata doce, batata normal. Vou combinando coisas, reduzi bastante o sal (muitas vezes esqueço de colocá-lo na comida). Mas, retirar o açúcar está difícil.
ResponderExcluirUma coisa que percebi é que pelo fato de fazer a minha comida, eu me policio no que compro quando vou ao mercado. Volta e meia olho o carrinho dos outros e comparo com o meu. Daí, retiro coisas industrializadas. Aqui em casa é proibido comida congelada e temperos prontos. Só uso alecrim, orégano, páprica, pimenta do reino e calabresa.
Falando em temperos prontos... percebi que todos eles têm o mesmo cheiro. E esse cheiro me enjoa. =x
ResponderExcluirinformação maravilhosa
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAdorei te conhecer Gisela, essas dicas são maravilhosas, e já fazem 4 meses que faço essa alimentação , e me sinto muito bem, e emagreci 17 kilos. Mudei drasticamente minha dieta. Mas pra muito melhor. Feliz demais. Obrigada.
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